sexta-feira, 9 de abril de 2010

Banco do Nordeste apresentou projeto Balde Cheio a prefeitos

Os prefeitos do Consórcio Intergestores Vale Unido e seus secretários de Agricultura assistiram nesta sexta-feira (9), no plenário da Câmara Municipal de Assu, uma exposição sobre o projeto Balde Cheio. O programa consiste no repasse das melhores tecnologias desenvolvidas no Brasil na pecuária leiteira, com o objetivo de viabilizar a produção de leite em pequenas áreas e aumentar a renda do produtor, utilizando uma metodologia inovadora, na qual uma propriedade leiteira de cunho familiar transforma-se numa “sala de aula prática”, denominada UD (Unidade de Demonstração).

O gerente do Banco do Nordeste/Assu, Lívio Barreto, registrou que o acontecimento foi programado dentro de uma política elevada à condição de prioridade pelo banco com o propósito de fortalecer com prefeituras e outros órgãos públicos e particulares a bacia leiteira do Vale do Açu.

Hoje a região oferece grandes condições para o desenvolvimento da pecuária leiteira, mas a produção é pequena e decrescente e os preços são elevados, por falta de tecnologia no campo. Para apresentar os resultados do projeto, acontece no próximo dia 20, um Dia de Campo Balde Cheio, numa das propriedades-referência que já integra o programa.



HISTÓRICO

O Projeto Balde Cheio cresceu muito desde sua concepção em 18 de setembro de 1997 na cidade de Quatis (RJ), quando ao final de um encontro organizado pelo técnico Alexandre Galvão, com a presença de extensionistas e produtores, o Sr. Francisco Fonseca (In Memoriam) interpelou o palestrante (Artur Chinelato de Camargo) perguntando-lhe se ele iria ajudá-lo a fazer o que tinha falado na palestra. Diante da resposta negativa do palestrante, questionou-o se alguém naquele recinto sabia fazer o que ele havia falado na palestra. A resposta desta vez, foi a de que desconhecia. O produtor fez então, uma última pergunta:

- então para que você veio?

Diante do espanto do palestrante, em razão de tanta sinceridade embutida na pergunta, o produtor continuou:

- era melhor que não tivesse vindo, pois eu estava sossegado na minha santa ignorância (falta de conhecimento) achando que pecuária leiteira era aquela porcaria mesmo. Agora você veio, falou uma porção de coisas mostrando que produzir leite pode ser um negócio, me deixou com vontade de mudar o rumo das coisas no meu sítio e agora você vai embora me deixando sozinho e sem ninguém para me ajudar. Era melhor que não tivesse vindo! - repetiu.

No retorno a São Carlos e durante um longo período de gestação, essa questão foi muito discutida: como fazer com que as tecnologias geradas nas instituições de ensino e pesquisa, chegassem aonde deveriam chegar, ou seja, no produtor de leite. Após muitas idas e vindas, uma metodologia inovadora foi concebida e decidiu-se utilizar pelo menos uma propriedade leiteira no município, como uma espécie de “sala de aula prática”, onde além dessas tecnologias, os conceitos que norteiam uma produção leiteira intensiva pudessem ser repassados aos extensionistas de entidade públicas e/ou privadas. A preferência por propriedades pequenas em tamanho e de cunho familiar objetivou torná-la também, um exemplo aos outros produtores da região.

*Com informações da assessoria do Banco do Nordeste

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